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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Treva

Como perdoar o imperdoável, o insondável?
Coisas que acontecem nas noites das almas escuras, esconderijo de pessoas obscuras, aonde vítimas e algozes se misturam, inalcansáveis, intangíveis.

Como aplacar a dor desta sofrência?
Como apagar a memória daquela aflição?
Como não ver o que nunca foi visto, quando ele está todo dia/tempo na sua frente?

Na homilia escuto;se Deus, em sua infinita bondade, pode te dar o perdão que reclamas, quem poderá ser você, para não perdoar ao irmão?

Apenas humano.
Sem lampejo de divindade para alcançar tamanho propósito.
Incapaz de transpassar pela dor, na dor.
Da angústia do não saber para, ao saber, nada poder fazer?

Impotência, frustração, angústia, desespero, incompreensão.
Dor, raiva, indignação. Vãos.

Olhares oblíquos dos que, sem coragem, acham mais fácil condenar.
Condenar aquele que, ousa, denunciar.

E eu lá, perplexa.
Buscando por uma justiça, qualquer, quando, parece, nem a divina se fez...
Recolho-me à minha dor.
E sorrio...



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