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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Efêmera



Crônica reduzida de um amor arrebatado, intenso, efêmero e fugaz

Primeiro dia: o brilho

Segundo dia: a excitação

Terceiro dia: o encontro

Quarto dia: a explosão

Quinto dia: a festa

Sexto dia: a vida

Sétimo e último dia: fim.


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

inescrutável


Era uma vez uma menininha.

Chegara ao mundo só. E assim permaneceria.

Lá estava, imersa em silêncio e apreensão.

O seu redor, tudo era ruído. Em torno de si, silêncio.

Dentro de si uma dimensão inalcansável, por inatingível.

Dançava e cantava, sempre quieta.

Ria e brincava, sempre perplexa.

Tudo a assustava, nada a incomodava.

Imune ao amor, exposta à dor.

Cresceu assim, estranha. A tudo e em tudo.

Um dia, por não mais suportarem o não saber, o não poder, diagnosticaram, medicaram.

E lá está a menininha. Grande, muda e estranha.

Dança e canta, quieta.
Ri e brinca, perplexa.
Ao seu redor, ruídos.


Nunca saberemos.

domingo, 29 de maio de 2016

vida de menino

                                    











                                       Vida de Menino

Pantanal, em meio à vida e as aventuras. Três moleques saudáveis e amáveis. Vida boa.


sábado, 3 de janeiro de 2015

ternura


O meu amor é terno
Eternamente terno

É ternamente terno

De uma ternura quente
Me arrebata, me acolhe
E me seduz

O meu amor é lindo

É linda

É macho
E fêmea

Linda e sedutora

Toda eu
Todo meu

Amo

Milagres

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O que é, ou seria, ou não.



Há momentos em que nada pode ser tudo.
Fica o dito pelo não dito, o não dito retido e o que é, sumido.
Há também aqueles em que tudo vira nada, vira lata, vira casaca.

Para, mais tarde, virar o que seja, pois também não sei o que seria.
Confuso, é o que é.



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um manto de amor, a paz no olhar



Perdidamente achada

Dentro de ti
Sigo encantada

À procura de mim
Em teus olhos

Quando me olhas

E me roubas
De mim



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Virtual


Te amo
Quando e porque me amas

Me amo nos teus olhos
No teu sorriso, em teu jeito

Te amo em mim,
por nós

É assim que te amo

Assim e sempre

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Princesas

 

Cor, sol, luz
Silêncio, espera

Administrar o inusitado
Inesperado

De onde veio
como chegou
para onde irá

Será verdade?

Alma em convulsão

E paz


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Instância

 
 
Penso nas voltas que o mundo dá
Nos rodopios que nos obriga a rodopiar
Como achamos que tudo virá
Se pudermos perseverar
 
Mas, não dá...
É de pirar
 
Somos instantes, inconstantes, perseverantes
Perseverantemente inconstantes, por instantes
Pirante. Decepcionante.Estimulante. Atenuante
 
 Por mais um instante, 
seguimos adiante
 
 
 
 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Na noite

Diante de meu silêncio, palavras
Sentidas, pensadas
Pesadas, prensadas

Sentimentos confusos
Pensamento difuso
Tudo é noite

Madrugada

Silencio,
Cansada

domingo, 24 de agosto de 2014

Equívocos


                         Parece que é, mas não poderia ser
                    Podia ser que fosse, mas nem chegou a ver
                   E, quando pensou que veria, não podia mais ter

domingo, 4 de maio de 2014

Pesadelo

                                        

                                                                PESADELO

O que sonhei, não foi.
O que pensamos, erramos
O que queríamos, engano
O que foi, que não veio?
E o que veio... nunca foi?

Enganos.

domingo, 6 de abril de 2014

 
Saudade do tempo em que eu cria
E, como cria, criava
E esperava
Hoje...
Apenas sei
 

domingo, 9 de março de 2014

Procurando Nemo, dando voltas. Assim acontece, somos instantes


                       Sorrindo, voando, brincando, chorando
                       Amando, brigando, cuidando, deixando

Qual delas sou?
Em qual delas estou?
Em lá estando, para onde vou?
Para o que sou?

Chorando lamentos não mais lamentados
Sorrindo sorrisos não mais desejados
Voando na vida,
Brincando contida

Amando amores que há muito se foram
Brigando com dores
Cuidando e deixando
Deixando e cuidando


Vida prá trás, vida prá frente,
Vida que trás, a sombra da gente

Sombras sombrias
Mas sem utopia!
Vidas vividas, em uma só ida
E sem saída

O que vai ser, será
O que escolher, virá
Onde esconder, ficará

Para até um dia,
Em que retornará.

Ou não


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O menino que usava luvas


Ia sempre de bicicleta para a escola. Não era distante de casa, a mãe ficava tranquila. Até que soube que ia, "sempre na mão dos carros, mãe!", no meio deles, e não pela ciclovia, caminho um pouco maior para a pressa e impaciência dos seus graves quinze anos.
Mas, meu filho, além de tudo, sem capacete! Objeto que considerava, naturalmente desnecessário e supérfulo, além de cafona, é claro...
Ir para a Disney, com o grupo da escola, não cogitava...mesmo com a insistência insistente da família...o que deixava a mãe até um pouco orgulhosa, imaginando que o motivo seria uma certa maturidade para estes passeios pouco criativos e (estes sim ) supérfulos, segundo o conceito dela. Finalmente, o motivo, descoberto no segunda ano seguido da recusa..."tenho medo do avião".
Como assim? Um menino que se aventura, pelo trânsito do Rio de Janeiro, pelo meio dos carros, sem capacete, não vai participar de um passeio desses porque tem medo de avião??
E, diante do argumento da mãe "sem capacete", exclamou: "É por isso que eu uso luvas, mãe!"
referindo-se às luvas de ciclista, estas sim, de uso totalmente imprescindível a seu ver, e, ainda, lembrando-se rapidamente de pedir uma nova, pois a dele estava rasgando-se...

O que realmente nos assusta e paralisa, são nossos medos internos, do que não dominamos, e não o perigo real, e presente.

 Desde que estejamos devidamente protegidos, é claro...pelo uso de luvas! Rá!