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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

De passagem

Na minha rua vaza o esgoto
Na minha rua, tem perdigoto

Na minha rua, passa a criança
Mostrando de longe, o ritmo, a quebrança

Na minha rua, mora Fernanda
Hoje, pra sempre,fechando a esperança

Na minha rua, tem um cinema
Lugar de passar 
Pensando em ficar

Na minha rua, fico eu
Só neste mundo 
À procura do Deus

Mas tem também, cachorro, cavalete
Pipoca e sorvete
Gente chorando, brigando, gritando
Tiro sobrando, virou cacoete

Tem gente que vem
Tem gente que vai

Que já veio e não voltou
E quem, num volteio, virou 
Retornou

Motoristas acessam
Porteiros conversam

Lojistas esperam

E o esgoto,
Continua vazando

2 comentários:

Jorge Sader Filho disse...

Pois é, Maria Alice! Na sua, na minha... Quantas outras ruas serão assim?
Meu abraço,
Jorge

Blogat disse...

Aqui no meu entorno, muitas, Jorge.Não tem Cedae que dê jeito...aliás, com tanta coisa fétida vazando, só uma revolução.Que tempos esses...