Na minha rua vaza o esgoto
Na minha rua, tem perdigoto
Na minha rua, passa a criança
Mostrando de longe, o ritmo, a quebrança
Na minha rua, mora Fernanda
Hoje, pra sempre,fechando a esperança
Na minha rua, tem um cinema
Lugar de passar
Pensando em ficar
Na minha rua, fico eu
Só neste mundo
À procura do Deus
Mas tem também, cachorro, cavalete
Pipoca e sorvete
Gente chorando, brigando, gritando
Tiro sobrando, virou cacoete
Tem gente que vem
Tem gente que vai
Que já veio e não voltou
E quem, num volteio, virou
Retornou
Motoristas acessam
Porteiros conversam
Lojistas esperam
E o esgoto,
Continua vazando
2 comentários:
Pois é, Maria Alice! Na sua, na minha... Quantas outras ruas serão assim?
Meu abraço,
Jorge
Aqui no meu entorno, muitas, Jorge.Não tem Cedae que dê jeito...aliás, com tanta coisa fétida vazando, só uma revolução.Que tempos esses...
Postar um comentário